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La vie est belle ♥



Há dias cinzentos por fora e cinzentos por dentro. Mas os piores são os que vêm de dentro. Acordamos com uma nuvem por cima da cabeça que teima em não sair, por mais que tentemos ignorá-la ou lutar contra ela. Não há vontade de ver ninguém, de falar ou de fazer o que mais gostamos. Apetece-nos vegetar no sofá a comer gelado com pepitas de chocolate e imaginar vidas melhores e  mais cor-de-rosa. As nossas palavras magoam quem está mais próximo e preocupado connosco, privamos o corpo do descanso e da estabilidade, amaldiçoamos as nossas escolhas e as reviravoltas que o mundo dá. Até que nos apercebermos que afinal nem tudo é tão mau assim, ou simplesmente nos escapa uma gargalhada contida na miséria do nosso sofrimento com qualquer coisa completamente banal. Alguma coisa me guiou até à perfumaria e me obrigou a entrar. Eu que nem sou pessoa de grandes perfumes, tenho a confessar que muitos me enjoam e há duas semanas tinha acabado o meu Paco Rabane que tenho desde a adolescência (hum, hum, eu sei). Assim que entrei senti-me descontrair, uma senhora simpática e com toda a paciência do mundo levou-me pelo universo dos aromas a madeira, doces, frescos e leves. Acabei por me apaixonar pelo "La vie est belle" da Lancôme e a ironia no nome afastou imediatamente a nuvem que me fazia companhia desde que acordei. 
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